"Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado".
Por uma vida melhor - Livro distribuído a 4.236 escolas do país pelo MEC.
Fogo cruzado entre a opinião pública e os poucos defensores do tal livro distribuído pela rede de ensino deste letrado país. Há certo fundamento quando a defesa alega que é preciso respeitar os termos coloquiais de nossa língua. Concordo, em partes. Li e logo depois sorri, como não haveria de ser de outra maneira, uma declaração que dizia algo como "não se pode julgar uma pessoa pelos seus erros e acertos linguísticos". Me perguntei: Como não!?
Falar e escrever errado não pode ser considerado normal. A comunicação, seja qual for sua forma, é feita de clareza. Pintou ruído? Fudeu. Gramática, ortografia; regras precisam ser aprendidas para só depois serem quebradas com a propriedade de quem raciocina o suficiente para questionar. Agora me digam, se é possível um garoto em formação distinguir entre o certo, o errado e o aceitável numa sentença gravada num livro didático.
No fundo entendi o que os autores pretendiam. "Debater o uso da variação linguística para ressaltar o papel e a importância da norma culta no mundo letrado". Ok, abordagem interessante. Mas se esqueceram de puxar da memória onde moram e como é precário o nosso ensino. Crianças na quinta série sequer interpretam um texto simples sem dificuldades. Para que esse debate pudesse acontecer, teríamos que estar no mínimo em 2030.
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