terça-feira, 9 de agosto de 2011
Nada Faz Sentido
Entenda como quiser a aquilo que não faz sentido. Procurar sentido demora e desgasta. E nem ao menos o consolo de se poder achá-lo se tem. É comum que as coisas saiam de controle, que elas saltem serelepes para longe do alcance dos braços, para onde a voz não chega, livres de qualquer repreensão. Conformei-me com isso. E não o fiz agora. Há tempos entendi que sou mero instrumento. De cordas, de percussão, de sopro, de tudo. E o que sai é música que não preserva estilo. Da melancolia do tango à alegria desenfreada de um samba de carnaval. Depende se estou de cordas ou de sopro ou de percussão. E quem me toca? Sei que vibro e ressoo o que a pauta ao meu redor conduz. Nas mais diferentes claves, nas mais ricas melodias. Vivo as pausas. Vivo as notas. Semibreves. Não quero fazer sentido. Desejo apenas ecoar suavemente em seus ouvidos.
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