Sei que não tenho nada
a ver com isso - e nem venha tentar me convencer de que tenho. Mas é
que fiquei muito encabulado com essa história toda. Analisemos o
cenário e seus personagens. O local sacrossanto do livre pensamento
é ferido pela presença de autoridades odiadas pelo futuro da nação,
mas que dias antes tiveram seus serviços solicitados de joelhos pelo
senhor reitor, acatando reivindicação dos frequentadores do
ambiente. Frequentadores estes que tinham razão em querer não levar
uma bala na cabeça ou ser uma vítima do ainda não inventado
maníaco da Cidade Universitária. A coisa estava tão tensa que a
rapaziada resolveu dar uma relaxada. Coisa pouca. Opa! Peraí! Cadê
a minha liberdade agora? Apagaram com o coturno.
O futuro da nação não
gostou nada disso, e viu nesse factoide a perfeita oportunidade de
seguir as tendências mundiais. Como assim, somos jovens em um país
desigual e não lutamos por nada?! Que absurdo, que injúria!
Brigaremos então pelos alunos repreendidos pelos malévolos homens
da lei. Falando em lei, gostaria de lembrar que que ela existe. Longe
do pensamento fundamentalista, acho saudável quebrar regras e até
leis de vez em quando. Eu mesmo o faço. Claro que não contarei
quando e como. Sabe por quê? Simples. Por causa das consequências.
Faço errado e sei disso. Não tento convencer o mundo do contrário.
Moralismos à parte,
ética e bom senso à parte, a bula do simancol à parte, o que está
mesmo faltando ao futuro da nação é uma boa dose de realidade.
Matéria que deveria ser incluída na Fuvest do ano que surge. Quem
sabe assim as caras metidas em Foucault e Marx olhem para o mundo aqui
fora e possam finalmente exercer a intelectualidade com o mínimo de
discernimento e um pouco menos de paixonite aguda pelo suposto poder
de poder qualquer coisa. Quem mais sai perdendo com essa zona toda é
o meu, o seu e o futuro deles; o futuro da porra da nação.
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