segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Melhor Assim

Viver é simples e involuntário. Respirar é a prova disso. Dominar as ações é praticamente impossível, teoricamente utópico. Os desejos corroem as entranhas até que sejam saciados, expurgados do corpo e da alma como o diabo na exorcismação. E isso tira toda e qualquer possibilidade de domínio sobre a vida e seus elementos.

Milênios nos desafiam e riem de nós, soltam gargalhadas titânicas. Tudo porque, ingênuos, não temos ínfima noção do que estamos fazendo neste mundo. É desaconselhável refletir em demasia sobre a questão. A história prova que muitos tentaram, mas quedaram diante da loucura. Se fosse o destino de tal mistério ser compreendido, já o teríamos feito. É disso que debocham os milênios.

Tentativas mais coerentes e saudáveis são as que procuram decodificar pequeninos problemas. Mínimos diante da grandeza da humanidade. Problemas de amor, de necessidade, de egoísmo, de ódio, de amor. Pois cada um de nós tem situações suficientes para gastar seus dias. Prefiro não descobrir a que vim, para não saber que fracassei.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ode à Amizade

Selo nossa amizade com lágrimas no teu ombro.
Uma maneira infantil, mas sincera ao extremo.
Finalmente me conheceste e eu a ti.
Confio a minha devoção à memoria da sua compreensão.

Entre nós já não há esconderijos, já que de verdade
Me virei ao avesso de forma irrepreensível.
Sou muito além do que digo ser
E posso menos do que julgo poder.

Posso, pelo menos, jurar que não há preço
Argumento ou contexto
Que faça me esquecer do teu gesto.
Está guardado para sempre teu afago
Só o que tenho a dizer é:
Muito obrigado.
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