sexta-feira, 1 de julho de 2011

Eu Xingaria o Papa

Eu xingaria o papa. Puta cara folgado! Sentado o dia inteiro em alguma cadeira com arabescos coloniais em madeira e almofada de veludo fingindo ser um mensageiro do Divino. Deus deve se envergonhar do papa e de todos que sonham em beijar-lhe a mão enrugada. Observando por entre as nuvens com a sua visão de altíssima definição, uma infinidade de gente ao redor de um senhor que depois de passar uns bons dias enclausurado com outros senhores - e alguns meninos (infame!) - foi eleito por uma fumaça, a Sua Santidade. Olha o absurdo! Se o tal sujeito fosse mesmo um indivíduo sacrossanto teria a honra de ser eleito pelo chefe e não pelos pares.

Mas voltando ao assunto, acho que o “vai tomar no cú” mais encorpado e volumoso que minha boca poderia proferir seria para o papa. Não que eu tenha alguma aversão religiosa. Não! Nada disso. Não sofro de teofobia – aliás, acho essa mania de colocar o sufixo fobia em qualquer frescura é um sintoma de hipocondria coletiva. O problema é com o velho e todos aqueles anciões que passaram a vida inteira internados e acham que podem dizer ao mundo o que ele deve fazer. Mas o papa é, em especial, irritante. Eu até gostava do outro, era um velhinho simpático. Mas esse, não dá. Talvez eu tenha sido influenciado pelo passado nazi dele, mas também ele não faz nada pra mudar isso!

Quer saber? É isso. O papa me irrita e eu gritaria um grande foda-se pra ele. Peço desculpas aos seus fãs mas eu tenho esse direito. O direito de desvergonhar Deus.
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