sexta-feira, 27 de abril de 2012

Xeque


Descobriram durante uma maliciosa conversa de bar que a vida é cíclica. Uma velha novidade, martelada insistentemente pelos pioneiros dessa descoberta. Contudo, só fica verdadeiramente esclarecido sobre o tema, quem sente cada fim e começo e começo e fim. Aliás, esse negócio de começar e terminar e depois começar de novo é difícil de pegar. Ninguém vira especialista de tão principal matéria. A explicação é simples como dois e dois são quatro. A vida é cíclica. E se é assim, tudo muda. O jogo se alterna. Os peões viram bispos. E as rainhas, reis. Vai-se arriscando nas estratégias, elaborando possibilidades. Ao sabor das próprias conjeturas. Se joga com intensidade vital até que de uma hora para outra o xeque se apresenta. Por nossa vontade ou não. Apesar de saber que o fim é certo, ficamos sobressaltados por um certo receio subconsciente de um novo começo. Fazer o quê se é cíclica a vida? Traz mais uma Valdir.
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